Os Cinco

Jornada Mundial <br> arranca hoje

Um conjunto de acções de solidariedade para com os Cinco cubanos condenados nos EUA sob a falsa acusação de terrorismo, e pela libertação dos quatro patriotas que permanecem detidos em território norte-americano, decorre entre 5 de Setembro e 6 de Outubro. O objectivo é alertar para o prolongamento do injusto encarceramento de Fernando González, Ramón Labañino, António Guerrero e Gerardo Hernández e ampliar a exigência da sua imediata libertação.

Ao longo de todo o mês de Setembro e nos primeiros dias de Outubro, realizam-se iniciativas de denúncia, debate e esclarecimento, de carácter desportivo (uma maratona) e cultural (uma gala artística no Teatro Karl Marx), com destaque para o dia 12 de Setembro – data da prisão, em Miami, dos Cinco, em 1998, dando início ao processo político de que foram vítimas –, quando ocorrem o Encontro Internacional pela Libertação dos Cinco e o acto central da Jornada Mundial, em Havana, bem como jornadas de protesto descentralizadas em dezenas de países, incluindo Portugal (ver página 32). No dia 3 de Outubro, a Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba realiza uma audiência parlamentar dedicada ao tema.

Já no passado dia 6 de Julho, René González, libertado pelos EUA na sequência do cumprimento da pena, dirigiu-se ao hemiciclo que considerou «pilar na luta pela libertação dos Cinco», sublinhando que «o caso dos Cinco é um crime que se comete contra toda a humanidade», um crime «deliberado, calculado, metódico», e não um episódio de «justiça errada».

Nesse sentido, René González frisou ainda que «para nós está claro que não serão considerações legais que farão com que o governo norte-americano corrija esta injustiça». Uma vez que este foi «um caso político» em que «as leis foram somente o adorno que se utilizou para levar a cabo uma vingança contra Cuba e o seu povo», terá de ser «a pressão internacional sobre o governo dos EUA a «resolver este caso».




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